Pets podem pegar dengue? Médica Veterinária do Hospital Veterinário UNIGUAÇU explica!
Postado em 30/04/2024 às 13h:01
Certamente você deve conhecer alguém que pegou dengue este ano, ou até mesmo você acabou sendo refém do mosquito. O Brasil já registrou, desde o início deste ano, 3.062.181 casos de dengue. O número já é quase o dobro de todo o ano passado, quando foram detectados 1,6 milhão de casos. Desde o início do ano, foram registradas 1.256 mortes por dengue em todo o país. E se você tem um animal de estimação em casa, já deve ter se perguntado, será que meu pet também pode pegar dengue?
Para esclarecer as dúvidas dos tutores de pets, convidamos a médica veterinária que atende no Hospital Veterinário UNIGUAÇU, e Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais, Me. Gisele Seberino.
Pets podem pegar dengue?
Cães e gatos não pegam dengue. Não existe, até então, nenhuma evidência, nem relato, de que os pets possam adquirir dengue, chikungunya ou zika por meio da picada do mosquito. Porém, existem outras doenças que eles podem adquirir pela picada de insetos vetores.
Quais doenças os pets podem pegar por meio da picada de insetos?
As doenças mais importantes no Brasil e em nossa região, que eles podem adquirir pela picada de algum inseto são a Leishmaniose, e Dirofilariose, Erliquiose e a Doença de Chagas. A leishmaniose canina é causada por protozoários, transmitidos pela picada do mosquito palha infectado. Essa patologia pode resultar em sintomas como lesões de pele e perda de peso. Já a dirofilariose é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, contaminado com o verme chamado Dirofilaria immitis e afeta principalmente o sistema cardiovascular dos cães. A infestação pode ser assintomática inicialmente, mas em estágios avançados, pode causar tosse, fadiga e insuficiência cardíaca, comprometendo a saúde do pet. Portanto, embora os cães não contraiam dengue, é crucial adotar medidas preventivas, como o uso de repelentes específicos.
Alguma dessas doenças são também transmitidas para os humanos?
Sim, as pessoas também podem adquirir a Leishmaniose da mesma forma que o animal, pela picada do mosquito contaminado. Sendo esta doença considerada uma zoonose de grande importância para a saúde pública.
Como podemos prevenir essas doenças?
-Primeiro, temos que controlar os vetores no ambiente, com limpeza, não deixar água acumulada, não deixar lixo ou entulhos no ambiente.
-Segundo, temos que proteger os animais com uso de coleiras ou medicamentos repelentes para o mosquito.
Não podemos esquecer de nos proteger também, utilizando repelentes tópicos!
Fique atento aos sinais das doenças transmitidas por mosquitos em seu cão:
– febre
– letargia e fraqueza
– perda de peso e apetite
– tosse persistente
– dificuldade respiratória
– inchaço abdominal
– mudanças no comportamento
É fundamental que o tutor esteja atento a esses sinais e busque a orientação de um médico veterinário, uma vez que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são imprescindíveis para preservar a saúde dos cães. Caso seu cão precisar de atendimento, basta entrar em contato: (45) 3565-3037. Estamos no Campus da Faculdade UNIGUAÇU com atendimento 24 horas na cidade de São Miguel do Iguaçu, na Rua Valentim Celeste Palavro, N° 985.
Entrevista na RicTV no Programa Ver Mais
Na terça-feira (21/05), a professora da Faculdade UNIGUAÇU e também Médica Veterinária do HVU, Esp. em Clínica Médica de Pequenos Animais, Me. Gisele Seberino, esteve na RicTV no Programa Ver Mais falando sobre os pets, uma pauta muito importante, afinal a região oeste do Paraná se destaca quando o assunto é o mosquito da dengue.
Confira a entrevista na íntegra abaixo:
