Dieta cetogênica e emagrecimento | Uniguaçu Dieta cetogênica e emagrecimento | Uniguaçu

Por Pietra Fogaça

Graduanda em nutrição pela UFRGS, antropometrista ISAK nível 1 e atleta de fisiculturismo.

Dieta cetogênica e emagrecimento

Postado em 17/06/2023 às 11h:00

A dieta cetogênica – chamada popularmente de “keto” – se popularizou por volta de 1970 com a publicação de um livro chamado “A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins”, pelo médico cardiologista Robert Atkins. Vale ressaltar, no entanto, que a dieta cetogênica, em si, não foi criada e propagada pelo cardiologista, pois essa já era conhecida desde a década de 20, por conta da sua influência no controle da epilepsia refratária (um tipo de epilepsia que, infelizmente, não responde ao tratamento farmacológico da forma como deveria).

A proposta da dieta cetogênica é induzir a cetose, ou seja, a formação de corpos cetônicos através da baixa ingestão alimentar de glicose e também de sua produção. É uma dieta mais baixa em carboidratos, com cerca de 20 a 50g por dia, moderada para baixa em proteínas, com cerca de 15% do total da ingestão calórica e com o resto das calorias na forma de gordura.

Como esta dieta é mais baixa em carboidratos, há um menor estímulo na produção de insulina quando comparada a dietas tradicionais. A insulina, dentre tantas funções, age captando glicose e gordura na forma de ácidos graxos para o tecido adiposo. Logo, a ideia da cetogênica é gerar menor estímulo insulínico e, assim, teoricamente, ganhar menos gordura ou emagrecer mais rapidamente.

Entretanto, os estudos que avaliam a prática de dietas cetogênicas e emagrecimento (perda de gordura corporal) não demonstram esta vantagem. Quando a ingestão calórica é igual entre os grupos, é possível observar que o simples fato de aumentar a produção de corpos cetônicos e de gerar um menor estímulo insulínico NÃO é capaz de garantir maior emagrecimento, quando comparamos a dieta cetogênica com outra dieta mais alta em carboidratos.

Leia também: Importância da proteína no emagrecimento

Isso se deve, principalmente, ao excesso de gorduras ingerido, nesse tipo de dieta, no lugar de carboidratos e proteínas. Precisamos lembrar que a principal função da gordura ingerida é ser estocada no organismo e, mesmo com a insulina mais baixa nessa dieta, ainda assim há o estoque (o que é essencial para evitar excesso de gordura no sangue, obviamente).

Resumidamente, por mais que a dieta cetogênica seja capaz de induzir uma perda maior de peso inicialmente – por excretar mais água e por levar a uma perda de glicogênio estocado -, ela NÃO faz perder mais gordura, embora ainda seja uma estratégia válida em diversos casos, principalmente quando o indivíduo consegue ter adesão nesse tipo de planejamento alimentar.

Texto por: Pietra Fogaça – Nutricionista

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