10 pontos chaves para a correção postural
Postado em 21/11/2024 às 13h:00
Que a postura corporal influencia em vários fatores da saúde física não é uma novidade.
Quando inadequada ocasiona dores na coluna, pernas e/ou braços, além de comprometer outros membros. Zelar sempre pela correção postural pode solucionar essas dores e ter um impacto grande na qualidade de vida. Tomar consciência desse comportamento em diferentes situações do dia a dia é o primeiro passo para evitar complicações. Por isso, separamos alguns pontos chaves para o trabalho de correção postural que podem te ajudar. Confira!
1 – Trabalhe músculos estabilizadores locais e globais da coluna, escápula, quadril e pelve: o trabalho dos músculos profundos tira a sobrecarga funcional e possíveis desequilíbrios causados por excesso de função dos músculos superficiais.
2 – Trabalhe padrões respiratórios: outra maneira de recrutar funcionalmente músculos profundos e aliviar a dominância de músculos superficiais que podem levar a alterações posturais.
3 – Trabalhe sempre a estabilização central para a periferia: pense em trabalhar os músculos estabilizadores dos pés, tronco, músculos do manguito rotador, rotadores laterais profundos do quadril, para depois enfatizar os trabalhos dos membros de maneira isolada.
4 – Abuse e use de exercícios de alongamento e mobilidade. Recuperar a mobilidade das articulações favorecem e muito o potencial de desenvolvimento dos músculos que as circundam.
5 – Antes de trabalhar a força, trabalhe a coordenação, para isso assegure-se que os exercícios sejam prescritos com progressões adequadas de acordo com o nível de tolerância e qualidade de execução por parte dos alunos.
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6 – Forneça feedback com relação a postura e a execução dos padrões de movimentos para os alunos. Muitas das alterações posturais devem-se ao fato que os indivíduos não têm uma percepção do corpo ou de partes do próprio corpo com relação a capacidade de controle do movimento. Recursos visuais como espelhos e vídeos, além das informações provenientes do tato e da orientação são importantes no início do processo.
7 – Em um segundo momento, retire os feedbacks à medida que o aluno vai se tornando habilidoso na execução dos movimentos, para que gere um automatismo e que o aluno seja capaz de transferir o aprendizado motor para outros contextos e tenha reais ganhos posturais.
8 – Inicie os exercícios em cadeias fechadas, preferencialmente multiarticulares, bilaterais, com grande base de suporte em superfícies estáveis. Em indivíduos muito encurtados, máquinas inicialmente devem ser evitadas, mas não é regra, vai depender da avaliação realizada individualmente.
9 – A variação de exercícios é sempre importante após que o aluno tenha otimizado um bom padrão de execução. A variação pode abranger desde equipamentos, acessórios, implementos, pesos livres entre outras maneiras diferentes de exigência motora. Lembre -se sempre: os exercícios não corrigem os alunos por si só, devemos preparar o indivíduos para realizar com eficiência e absorver os máximos benefícios com os exercícios.
10 – Para finalizar é imprescindível a transferência da boa postura durante as sessões de treinos para as atividades do dia a dia. Por isso, ‘tarefas para o lar’, são importantíssimas para os aprendizados se tornarem duradouros, assim como a adequação no ambiente laboral. Quanto mais o aluno ser fiel aos programas corretivos, mesmo quando não estiver na sessão de treinos, maior a retenção da boa postura.
Texto por: Prof. Dr. Rodrigo Fenner
Doutor e Mestre em Ciências FMRP – USP
Coordenador Pedagógico de Pós Graduação e coordenador dos cursos de Biomecânica e Cinesiologia e Fisioterapia Esportiva na Faculdade UNIGUAÇU.
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