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Por Pietra Fogaça

Graduanda em nutrição pela UFRGS, antropometrista ISAK nível 1 e atleta de fisiculturismo.

Gastrite e nutrição: há relação?

Postado em 24/05/2024 às 12h:51

Em termos gerais, a gastrite nada mais é do que uma inflamação da mucosa gástrica.
Sua classificação leva em consideração o tempo (aguda ou crônica), características histológicas, anatomia e patologias subjacentes.
A gastrite aguda é aquela que ocorre repentinamente e dura 1 ou 2 dias ou até menos de 1 mês. Ela pode ser “erosiva” (resulta de alguma lesão química, como o álcool, aspirina, refluxo biliar, etc.) ou “neutrofílica” (por agente infeccioso). O problema é que essa gastrite aguda pode virar crônica e persistir por anos.

A principal causa de gastrite é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, mas há outras causas envolvidas, como o tabagismo, o alcoolismo, a exposição à radiação, a doença de Crohn, o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) etc.
Na gastrite, não há manifestações clínicas típicas e geralmente ela é sintomática, mas pode ter sintomas dispépticos, como dor epigástrica, náusea, vômito, refluxo e perda de apetite.

Um ponto muito importante que todos os nutricionistas deveriam saber é que a inflamação da mucosa pode causar hipocloridria (que é a diminuição da secreção de ácido), e isso pode causar anemia.
Isso ocorre pois o suco gástrico interfere na liberação do fator intrínseco que precisamos para absorver a vitamina B12.
Ademais, provavelmente será necessário a realização da reposição intramuscular de vitamina B12. Além disso, a hipocloridria interfere na absorção de vitamina D, cálcio e vitaminas A, C e E.

Quanto ao que tange à alimentação em si, é válido destacar que, na verdade, não há uma relação causal de alimentos envolvidos com o desenvolvimento de gastrite. No entanto, ainda assim, ajustes no estilo de vida e na dieta do indivíduo se faz necessário no tratamento.

De forma geral, é importante evitar os alimentos que agravam os sintomas, além de buscar sempre mastigar bem os alimentos, comer de forma regular (com horários mais organizados e definidos), evitar o excesso de café e cafeína, evitar o tabagismo e o álcool em excesso e evitar o excesso de refrigerantes, doces e alimentos picantes.

Texto por: Pietra Fogaça – Graduanda em nutrição

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