Quais os benefícios do vinho para a saúde?

Postado em 18/04/2024 às 16h:11

O vinho, especialmente o tinto, há muito tempo é cercado por histórias e crenças sobre seus benefícios à saúde. Mas será que essa bebida milenar realmente faz bem?
Sim, existem alguns estudos que sugerem que o consumo moderado de vinho pode estar associado a certos benefícios para a saúde, principalmente devido aos antioxidantes encontrados nas uvas usadas para produção. Para acompanhar um jantar, para relaxar, ou simplesmente para se aquecer naqueles dias mais friozinhos, a ideia de tomar uma (ou mais) taças de vinho sempre vai bem. 
Porém, embora a história de que tomar vinho seja benéfica, é importante ter cautela e analisar os fatos.

Alguns mitos sobre os benefícios do vinho, como sua capacidade de prevenir o câncer, podem ser exagerados e carecem de evidências científicas robustas.
Portanto, é essencial consumi-lo com moderação e como parte de um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares. 

Benefícios do vinho para a saúde

Antioxidantes e compostos anti-inflamatórios: o vinho, principalmente o tinto, é rico em compostos como resveratrol e polifenóis, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estes compostos podem ajudar a proteger as células contra danos oxidativos, reduzir a inflamação e o risco de doenças crônicas como doenças cardíacas e doenças neurodegenerativas.

Melhora a saúde do coração: estudos epidemiológicos associam o consumo moderado de vinho tinto (cerca de 1-2 taças por dia) a um menor risco de doenças cardíacas e morte por causas cardiovasculares. Atribui-se isso aos compostos antioxidantes e anti-inflamatórios do vinho, que podem melhorar a função vascular, reduzir o colesterol LDL (“mau”) e aumentar o colesterol HDL (“bom”).

Saúde mental: evidências sugerem que o consumo moderado de vinho pode estar associado a um menor risco de depressão e demência. Acredita-se que os compostos do vinho podem ter efeitos neuroprotetores e melhorar a função cognitiva. Alguns estudos sugerem que o resveratrol encontrado no vinho tinto pode ter efeitos neuroprotetores, potencialmente reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

Longevidade: Alguns estudos observaram que pessoas que consomem vinho moderadamente podem ter uma expectativa de vida mais longa. No entanto, é importante ressaltar que essa associação não implica em causação, e outros fatores, como estilo de vida saudável, podem estar contribuindo para essa longevidade.

Riscos e contraindicações

  • Consumo excessivo: É crucial lembrar que o consumo excessivo de álcool, incluindo vinho, pode ter graves consequências para a saúde, como doenças hepáticas, problemas cardíacos, câncer e comprometimento da função cerebral. As diretrizes internacionais recomendam um consumo moderado de álcool, definido como 1-2 taças de vinho por dia para mulheres e 2-3 taças por dia para homens.
  • Contraindicações: O consumo de álcool é contraindicado para gestantes, lactantes, indivíduos com histórico de doenças hepáticas, problemas cardíacos, transtornos de ansiedade ou depressão, e pessoas em tratamento com medicamentos que interagem com o álcool.

Recomendações

  • Moderação: A chave para aproveitar os potenciais benefícios do vinho está no consumo moderado e responsável. Evite o consumo excessivo e siga as diretrizes recomendadas.
  • Escolha do vinho: Opte por vinhos tintos secos, que geralmente contém mais compostos antioxidantes e anti-inflamatórios.
  • Estilo de vida saudável: Combine o consumo moderado de vinho com uma dieta balanceada, rica em frutas, legumes e grãos integrais, pratique atividade física regularmente e mantenha um peso saudável.

Mitos e Verdades

O mundo do vinho é repleto de crenças populares e informações nem sempre precisas. Para te ajudar, vamos desvendar alguns mitos e verdades comuns:

MITOS

Quanto mais velho, melhor: Nem sempre! A qualidade do vinho depende de diversos fatores, como uva, safra e processo de produção. Nem todos os vinhos se beneficiam do envelhecimento.
Rolha de cortiça é superior à rosca: Ambas podem ser boas opções para fechar o vinho. A escolha depende do tipo de vinho e da preferência do produtor.
Cozinhar com vinho elimina o álcool: Mito! Parte do álcool evapora durante o cozimento, mas uma quantidade significativa permanece.
Uva branca só faz vinho branco, uva tinta só faz vinho tinto: Falso! A cor do vinho depende da fermentação com as cascas das uvas. Vinho branco pode ser feito com uvas tintas e vice-versa.
Se tem bolhas, é Champagne: Nem todo espumante é Champagne. Essa denominação é exclusiva para vinhos espumantes produzidos na região de Champagne, na França.

VERDADES

✔️ O vinho tinto seco é bom para diabéticos: Verdade! O vinho tinto seco tem baixo teor de açúcar e pode até auxiliar no controle da glicemia.
✔️ Decantar melhora o vinho: Em alguns casos, sim. Decantar ajuda a separar o sedimento do vinho e a aerá-lo, intensificando seus aromas e sabores.
✔️ Vinho mancha: Fato! O vinho contém taninos e antocianinas, que podem manchar tecidos e superfícies.

🍷 Que tal preparar uma receita a base de vinho? Aqui vai uma sugestão de Entrecôte ao molho de vinho Merlot pelo renomado Chef de cozinha Jacquin.

É importante lembrar que o consumo excessivo de álcool pode ter efeitos adversos para a saúde, incluindo um aumento no risco de dependência, danos ao fígado, aumento do risco de certos tipos de câncer e problemas de saúde mental.
Tomar um pouquinho de vinho tinto, como parte de um estilo de vida saudável, pode trazer alguns benefícios. Mas lembre-se: moderação é a chave! Beba com responsabilidade e consulte um médico ou nutricionista se tiver dúvidas.


Pode te interessar também: Quais são os benefícios de comer peixe?

Veja também

Administração: Benefícios que su...

Para você que está dando início ao seu negócio, sabia que a consultoria empresarial pode te ajudar a gerir sua empresa?

O que causa e como aliviar as câ...

Vamos falar sobre um problema que muitas vezes pode resultar da prática dos exercícios, o desenvolvimento de câimbras. 

Exagero ou compulsão alimentar?

O comer exagerado é consideravelmente diferente do transtorno de compulsão alimentar (TCA), pois comer por prazer é muito diferente de comer transtornado.