Refeed no Fisiculturismo: Conceito, benefícios e aplicações

Postado em 10/05/2025 às 08h:00

No mundo do fisiculturismo, estratégias nutricionais são ferramentas indispensáveis para otimizar o desempenho, a estética corporal e a adesão ao plano alimentar.
Entre os métodos que frequentemente gera dúvidas entre profissionais de nutrição esportiva, treinadores e educadores físicos é o refeed — uma prática que envolve o aumento controlado da ingestão calórica, especialmente de carboidratos, por um curto período durante uma fase de déficit calórico (cutting).
Por isso, este artigo tem como objetivo esclarecer os fundamentos fisiológicos, os benefícios, os riscos e as melhores práticas de aplicação, com base em evidências e na experiência prática em fisiculturismo.

O que é o Refeed?

O refeed é uma elevação temporária da ingestão calórica, normalmente centrada em carboidratos, durante um plano de restrição calórica. Ele pode ocorrer por 1 ou 2 dias consecutivos, e é utilizado para:
Reabastecer os estoques de glicogênio muscular e hepático;
Modular hormônios afetados pela restrição calórica, como leptina, grelina e T3;
Minimizar a perda de massa magra;
Melhorar o desempenho e a recuperação;
Aumentar a adesão ao plano alimentar.

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Como dito, durante o refeed, há um aumento temporário na ingestão de calorias, especialmente carboidratos, com o objetivo de restaurar os níveis de glicogênio muscular, melhorar a sensibilidade à insulina e estimular a liberação de hormônios anabólicos como a leptina. Esse processo ajuda a minimizar os efeitos negativos da dieta restritiva, como a perda de massa muscular e a diminuição do metabolismo basal, proporcionando uma “recarga” para o corpo e melhorando o desempenho nos treinos. Além disso, o refeed pode ajudar a manter a motivação psicológica durante períodos de dieta rigorosa, proporcionando uma pausa controlada na redução calórica.

Quando e como prescrever um refeed?

Indicações comuns:
Déficits calóricos prolongados (acima de 4-6 semanas);
Redução significativa da taxa metabólica basal;
Estagnação na perda de gordura corporal;
Redução perceptível no desempenho e na força;
Redução de volume muscular aparente (músculo “murcho”).

Frequência:
Refeeds semanais: comuns para atletas com baixo percentual de gordura;
Refeeds quinzenais ou esporádicos: em fases iniciais de cutting ou em atletas com maior gordura corporal.

Cuidados e considerações

Individualização é chave: fatores como percentual de gordura, tempo em déficit, metabolismo basal e experiência do atleta devem guiar a decisão;
Monitoramento é essencial: o refeed deve ser testado e ajustado conforme resposta corporal (peso, medidas, disposição e performance);
Não é uma solução mágica: o refeed não anula semanas de déficit, e seu objetivo principal é restaurar parâmetros metabólicos e psicológicos.

O refeed é uma ferramenta valiosa no arsenal de estratégias nutricionais no fisiculturismo, especialmente durante fases prolongadas de restrição calórica. Quando bem planejado e aplicado com base em critérios fisiológicos e práticos, ele pode promover ganhos significativos na composição corporal, recuperação e adesão. Profissionais da nutrição e do treinamento devem utilizá-lo de forma estratégica, fundamentada e sempre adaptada à realidade do atleta.

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