Síndrome de Jaque e abordagens nutricionais

Postado em 09/06/2025 às 09h:45

A relação das pessoas com a comida está cada vez mais complexa, gerando sentimentos como culpa após as refeições e dificuldades para manter ou reduzir o peso. Mesmo quem conhece os princípios da alimentação saudável enfrenta desafios para modificar hábitos e comportamentos. A “Síndrome de Jaque”, termo informal, não reconhecido oficialmente pela medicina, descreve um comportamento em que a pessoa, após acreditar ter feito uma escolha alimentar “boa” ou “adequada”, se permite consumir alimentos considerados “não saudáveis”. Trata-se de um padrão em que, ao cometer um deslize, a pessoa justifica ou amplia a situação, pensando: “Já que saí da dieta, posso continuar comendo assim.”
Esse tipo de atitude é comum em pacientes em processo de emagrecimento. Mas, como podemos ajudá-los?

Esse é um pensamento conhecido como pensamento dicotômico, uma distorção cognitiva muito comum em pessoas que desejam perder peso. Também conhecido como pensamento binário, pensamento preto e branco ou síndrome de jaque – é um padrão de pensamento que tende a ver as situações, ideias ou pessoas como exclusivamente uma coisa ou outra, sem reconhecer a possibilidade de nuances ou intermediários entre as duas extremidades.

O paciente denota uma inflexibilidade cognitiva e dificuldade de lidar com a alimentação, quando ela não sai como planejado, relatando sentimentos de frustração e fracasso. Podemos auxiliá-lo mostrando que, normalmente, tendemos a utilizar esse pensamento para justificar nossa alimentação descontrolada, não utilizando em outras áreas de nossa vida.
Por exemplo: Não é por que eu gastei 100 reais sem pensar que vou estourar o limite do meu cartão de crédito.

Outra ideia, é mostrar que erros e acertos fazem parte de todo processo de aprendizagem e que o importante é voltar para a dieta, focando mais nos acertos do que nos erros.
Para superar os desafios associados ao pensamento dicotômico na perda de peso, é importante cultivar uma mentalidade mais flexível em relação à alimentação e ao processo de perda de peso. Isso pode incluir práticas como focar em hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis a longo prazo e aceitar deslizes ocasionais como parte normal do processo. Ter uma abordagem mais realista do emagrecimento pode promover uma relação mais saudável com a comida e melhorar as chances de sucesso na perda de peso a longo prazo.

Esse comportamento pode ser prejudicial, pois a ideia pode levar a decisões impulsivas e não planejadas, e aumentar a sensação de culpa ou frustração. Reconhecer essa tendência pode ajudar a tomar decisões mais conscientes e equilibradas. Quando os pensamentos rígidos estão presentes na relação do indivíduo com a alimentação, é importante examinar mais profundamente as razões por trás desses pensamentos, avaliando e ajustando as próprias atitudes e comportamentos. A adoção de uma mentalidade mais flexível é fundamental, pois existem muitas possibilidades entre os extremos. Embora não seja uma tarefa fácil, a orientação de um profissional capacitado pode tornar essa mudança possível.

Conteúdo produzido pela professora Regiane Repczuk

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