Treinar em jejum emagrece mais?
Postado em 13/05/2025 às 09h:00
A prática de treinar em jejum tem se tornado bastante comum entre vários adeptos da vida “fitness”. Essa escolha pode ser motivada pela facilidade de não ter que se preocupar com a alimentação antes do exercício, pela preferência por se exercitar nas primeiras horas do dia ou pela aversão à sensação de estômago cheio. Porém, será que essa prática realmente ajuda na perda de peso?
O treino em jejum é uma maneira prática de criar um déficit calórico, mas é crucial que a pessoa respeite os limites do corpo. Durante o processo de adaptação a uma nova estratégia alimentar, é comum que ocorra uma queda no desempenho, sendo essencial tomar cuidados para evitar episódios de desmaios ou outros riscos à saúde. Além disso, quando se trata de emagrecimento sustentável, a simples prática do jejum por longos períodos não é eficaz se não vier acompanhada de um planejamento alimentar adequado. O fator determinante para o sucesso da estratégia é a sua aderência ao estilo de vida do paciente, o que garante não apenas melhores resultados, mas também a manutenção desses resultados a longo prazo.
A premissa por trás do treino em jejum é a de promover uma maior queima de gordura durante a atividade física, já que os níveis de insulina estão mais baixos e a glicose disponível é menor. Contudo, essa estratégia não necessariamente resulta em uma perda de peso significativa e pode trazer riscos como tontura e diminuição da massa muscular. Para um emagrecimento saudável e duradouro, é fundamental equilibrar a ingestão calórica através de uma dieta adequada e adotar um estilo de vida ativo com a prática regular de exercícios.
Além disso, treinar em jejum pode impactar de maneira negativa o desempenho físico. A ausência de alimentos leva a uma diminuição nos níveis de glicogênio, o que pode comprometer a performance. A longo prazo, essa queda no rendimento pode afetar os resultados, uma vez que a intensidade e a carga dos treinos são cruciais para o progresso físico e a queima de gordura.
Quando o jejum se torna prejudicial, diversos sintomas podem surgir. Tonturas, queda de pressão, sonolência, fadiga, ansiedade, irritabilidade e dificuldades de concentração são indícios de que o corpo está sob estresse elevado, indicando que a prática deve ser interrompida para evitar complicações maiores. Além disso, há grupos específicos que devem evitar treinar sem se alimentar, como:
– Pessoas com problemas de pressão arterial;
– Indivíduos com diabetes e doenças cardíacas;
– Pessoas sedentárias com sobrepeso;
– Idosos;
– Gestantes;
– Atletas de alto nível.
Para esses grupos, é sempre recomendável consultar profissionais de saúde, educação física e nutrição antes de adotar qualquer prática de jejum.
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